Os setores aeroespacial e de defesa sempre foram os principais impulsionadores do design e dos produtos de blindagem contra RFI/EMI. Atingir a compatibilidade eletromagnética (EMC) nesse setor é fundamental para a segurança, enquanto na vida cotidiana pode ser apenas um incômodo frustrante. As gaxetas e os componentes de blindagem contra interferência eletromagnética e interferência de radiofrequências oferecem soluções excepcionais em compatibilidade eletromagnética para atender a necessidades de desempenho e conformidade normativa.

As aeronaves podem ser atingidas por raios com regularidade, o que causará um pulso eletromagnético ou PEM. O PEM terá um efeito devastador nos circuitos eletrônicos, portanto, é importante que a aeronave tenha um caminho para que o raio continue sem causar danos. O espaço é outra questão; os satélites estão em um ambiente eletromagnético muito hostil, com explosões solares que podem emitir uma ejeção de massa coronal. Na Terra, somos protegidos pela magnetosfera, mas os satélites não têm essa vantagem, portanto, a blindagem é fundamental para garantir a segurança do satélite e de seus sistemas.

A maior integração dos componentes eletrônicos significa que a compatibilidade eletromagnética entre os sistemas é de extrema importância para garantir que eles funcionem em harmonia e não interfiram uns nos outros. As aeronaves são mais do tipo fly-by-wire do que sistemas mecânicos, com softwares complexos operando sistemas computadorizados. Os sensores que medem o ambiente da aeronave, os dados de voo, etc., precisam se comunicar entre si, operar de forma independente e fornecer backup em caso de falha ou mau funcionamento do sistema.

Engenheiros eletrônicos estão muito familiarizados com isso e considerarão em seu projeto um bom layout da placa, filtragem, aterramento, integridade do sinal, entre outros fatores, para combater a interferência eletromagnética (EMI) em sua origem. No entanto, a blindagem da estrutura é igualmente importante e resolve o problema das emissões irradiadas e da suscetibilidade. As superfícies de contato em um gabinete podem parecer muito planas e você acha que há contato total entre os metais, mas, em um processo de produção em massa, nada pode ser tão plano e haverá lacunas. Esses espaços são slots e podem se tornar antenas de radiação. Essa irregularidade da junta pode ser resolvida com o uso de uma junta elétrica e a adição de mais fixações para obter um bom contato entre as superfícies de contato.

A blindagem é uma correção mecânica para um problema elétrico e o engenheiro de projeto do gabinete deve estar ciente dos tipos de juntas disponíveis e seus diferentes atributos, bem como garantir que haja área suficiente nas emendas do gabinete, portas etc. para encaixar a junta. No setor aeroespacial, o peso e o tamanho dos equipamentos e sistemas são importantes, portanto, sempre que possível, é usada a miniaturização. Isso significa que as opções de blindagem disponíveis para os engenheiros de projeto também devem ser pequenas e oferecer boa blindagem. Os elastômeros condutores de eletricidade são a melhor opção para o setor aeroespacial, pois o material pode ser moldado, extrudado ou fabricado em componentes muito pequenos ou depositado diretamente no hardware. Muitos enchimentos eletricamente condutores estão disponíveis para atender aos requisitos de blindagem, e uma base de fluorosilicone atende às necessidades de resistência a óleos combustíveis etc.